No final de semana do dia 10 de setembro nosso grupo de montanhistas saiu do Rio de Janeiro para a divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo. O objetivo principal era subir os 2.892m da terceira montanha mais alta do Brasil e ponto culminante do Parque Nacional do Caparaó, o Pico da Bandeira.
Entramos no parque na quinta-feira, estacionamos na Tronqueira, último ponto onde é possível chegar motorizado. A partir daí são 4km com as mochilas cargueiras nas costas até o Terreirão.
No Terreirão montamos acampamento e planejamos a estratégia para os dias seguintes…
Na sexta já pretendíamos matar a pendência principal. Acordamos às 2h30 da madrugada para chegar ao cume antes do nascer do sol, mas a chuva frustou esse plano antes mesmo de sairmos das barracas 🙁
Voltamos a dormir e acordamos mais tarde com o objetivo de conhecer outra que está na lista das 15 montanhas mais altas do Brasil, a Cruz do Negro, onde a dupla abaixo fez sua primeira foto sobre o tapete de nuvens que cobriu a região durante toda nossa permanência por lá.
O dia seguinte foi longo, depois de subirmos o Pico da Bandeira e presenciarmos um nascer do sol espetacular, resolvemos ir até o Pico do Cristal. Com 2.769,8m é o 6º mais alto entre os 15 que mencionamos acima. Mais um vez sobre uma linda camada de nuvens, fizemos a foto do nosso atleta ao lado do totem que marca o cume.
Voltamos para o camping, onde a noite foi de confusão, com muuuuitos turistas chegando. Já era sábado!
No domingo descemos!
Detalhes técnicos e curiosidades
A primeira foto foi a menos trabalhosa. Precisamos apenas aparar um pouco da grama no local e montar o acampamento em um ângulo que mostrasse a placa na entrada da trilha. Aproveitamos o final de tarde para capturar uma luz mais bonita, apesar do tempo nublado.
Na imagem da Cruz do Negro colocamos uma pedra de topo plano para que os dois montanhistas ficassem em um bom ângulo e permanecessem em pé, já que estavam em uma superfície bem irregular. Depois de várias quedas, pois não levamos a massa adesiva que vimos ser indispensável, conseguimos fazer a foto no intervalo entre as rajadas de vento.
Na foto com o montanhista de cabeça para baixo tivemos que encontrar duas pedras que servissem de apoio, com um lado plano virado para o chão e o outro com o diâmetro certo para que coubesse nas mãos do nosso atleta 🙂 Foi preciso desbastá-las em alguns pontos. Depois disso, montamos o totem e aguardamos as nuvens liberarem o sol para que iluminasse a cena.
A última foi a mais trabalhosa, pois precisou da ajuda de mais gente…
Depois de montar a cena, coloquei uma lanterna dentro de cada barraca e pedi para o Careli, nosso parceiro de viagem, iluminar as duas meninas chegando com uma outra lanterna. Enquanto isso, a Karla iluminou a placa ao fundo com um painel de led.
Peraí, e o nascer do sol no Pico da Bandeira???
Essa é uma das fotos que fará parte de uma exposição somente com inéditas, que estamos produzindo para 2017. Além desta, também já faz parte uma outra do grupo com suas mochilas cargueiras nas costas, deixando o acampamento.
Sim, muitas novidades estão por vir! 😉
Até semana que vem…